Hoje eu quis chorar.
Senti uma dor no peito como se ali fosse a fonte obstruida de minhas lágrimas que teimam em permanecer guardadas. Mas ali não estavam.
Tentei fazer com que elas brotassem ao som de Nando Reis, tentei fazer com que explodissem dentro de mim como as ogivas jogadas pelo Enola Gay em Hiroshima. Mas nenhum estrago. Nenhum conserto.
Quis sinceramente visitar um cemitério, pra ver se assim eu teria algum motivo pelo menos. Me lembrei que não tenho por quem chorar aqui.
Sentei, então, e mais uma vez me resignei. Faço sempre assim. Guardei mais uma vez minhas lágrimas. Aprendi a não dividir mesmo, por mais que o meu desejo seja o do exato oposto.
Deve faltar algo. Sobrar é que não sobra...
Ao som de Casa Pré-Fabricada... ♪