Tuesday, October 16, 2007

Feliz Ano Novo! (( pera aí! Mas já? =O ))


Calma, gente! Não foi a minha tentativa de escrever contos de suspense que me deixou louco, não. Esse textinho que vou postar desta vez é realmente um filho querido. Foi escrito ainda em Vitória da Conquista, às vesperas de um ano novo, num emprego chinfrim que eu tinha de digitador de transportadora, com umas das minhas maiores aventuras - leia-se sair de casa! - prestes a acontecer - e eu nem sabia disso na verdade!. Procurei esse texto como louco, até, enfim, encontrá-lo anexado a um e-mail que enviei a um amigo das antigas da facul, aqui de Sampa mesmo. Sou grato a ele. Espero que meus raríssimos leitores apreciem sem moderação tais desejos de ano novo que, ao meu ver, chegam a soar piegas, mas que, no fim, acaba. (( ¬¬ ))

Realmente o tempo tem passado cada vez mais rápido.

Não esse tempo que nós, homens, criamos e tentamos enfiar em uma máquina minúscula pendurável em qualquer braço. Refiro-me, na verdade a todas as oportunidades únicas que a vida nos oferece e que evaporam-se quando menos esperamos.

Poderíamos, por exemplo, dizer mais “bom-dia” por semana, mas não dá.

Poderíamos dizer mais “te amo” por dia, mas também não dá. Criamos uma série imposições e junto com elas um suposto tempo que não permite gastos desnecessários. “O dever me chama”, “Pra que dizer? Você sabe que eu te amo!”.

Tomamos muito pouco banho de chuva durante a vida. Dia após dia o sol nasce e se põe e quase nunca presenciamos tão belo espetáculo. A lua aparece todas as noites em lugares diferentes do céu, e pouco nos importamos. A vida vai passando.

Na verdade, creio que os maiores espetáculos da vida são gratuitos. Talvez por isso não damos o valor merecido. Se as formigas cobrassem para mostrar a força que têm ao levantar pesos muito acima dos seus, ou as águias cobrassem para demonstrar como fazem para ensinar sua cria a voar, creio que haveria filas e mais filas, com risco de não caber mais ninguém para ver o show durante os próximos 6 meses.

A vida é grátis. E seus shows também. Você, por exemplo, é um dos maiores shows que existem na face dessa Terra. Quantos mecanismos complexos e miúdos existem aí dentro desse arcabouço de ossos e músculos que você nem imagina? Vários! Mas não temos tempo para pensar sobre essas coisas. “Preciso pagar minhas contas”. “’Benhê’, eu amei aquela bolsa!”.

Enquanto isso o verdadeiro TEMPO se esgota. A preciosa dádiva que recebemos de viver uma única e exclusiva vez sobre esse planeta belíssimo vai se esvaindo por entre nossos dedos, olhos grandes e bolsos vazios.

Esse é o nosso tempo. O de viver intensamente aqui. O de amar intensamente aqui. O de falar sem receios o que tem de ser dito. As oportunidades, uma vez apresentadas a nós, só aguardam o que decidiremos fazer com elas.

Tenha um ótimo início de ano. Que nessa mais nova jornada de sua vida, você possa aproveitar ao máximo cada momento mínimo que te for possível. Ria, chore, se emocione. Viva, simplesmente viva!