Noite de culto. Noite costumeira como em todos os domingos: meia hora de orações, dois ou três coros do hinário com toda a igreja, oportunidades distribuídas entre os irmãos, o coral canta. Lá pelas tantas o reverendo assume o microfone.
- Que a paz esteja convosco!
A igreja responde em um uníssono e fervoroso “Amém!”.
- Amados, hoje poderia ser uma noite comum como vêm todas as outras. Mas tenho algo grande da parte de Deus para compartilhar com os irmãos. Há três noites Ele vem me dando uma visão do que estar por vir. Abramos todos as nossas bíblias em Mateus 24.
Enquanto se ouvia aquele barulho peculiar das finas folhas dos livros negros sendo manipuladas pelas mãos dos fiéis, na cabeça do reverendo um turbilhão de idéias e sentimentos obscuros e desconhecidos para ele até essa semana tentavam dominá-lo. Mas ele teria q ser forte. Pelo menos até chegar a hora de seu plano, enfim, poder ser executado.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane...”
O reverendo tira o lenço do bolso de trás da calça e limpa algumas gotas de suor que começam a querer denunciar a batalha que se passa dentro dele.
“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome...”
A leitura continua. A igreja espera ansiosa pelo relato das tais visões. O conselho de anciãos acompanha a leitura daquele texto “batido” aguardando o que de novo o líder daquela igreja tem a lhes trazer da parte de Deus.
“Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes...”
...
“Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra...”
- Pois bem, queridos, eis que é chegada a hora. Enquanto dormia noite passada – e nas outras duas também – fui arrebatado em espírito e vi coisas as quais tive imediata autorização de compartilhar com a igreja, visto que já estamos nos dias do fim. Seremos parte e veremos esse fim. Mateus 24, amados, já começou. Muitos de nós – e quando digo nós, digo acerca de NÓS, igreja! – desaparecerão nos próximos dias. Deus tem pressa, amados, de vê-los, de tocá-los, de tê-los em Seus braços. Ele mesmo me disse isso!
A fala do pastor prosseguiu, mas os irmãos não sustentavam mais a expectativa inicial. O sentimento agora era de medo, insegurança. Todos almejam o céu, mas ninguém quer um passaporte carimbado e um bilhete com data marcada para lá. Afinal, ver o céu quer dizer deixar este mundo e muitos dos que ali estavam sentados ainda tinham assuntos pendentes que demandariam mais tempo.
O reverendo terminou com uma prece. Seu plano estava apenas começando. “Muitos de vós desaparecerão...”. Pensou nesse trecho e um sorriso quase imperceptível surgiu no canto de sua boca. Eis que é chegada a hora...
“... porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis...”
- Que a paz esteja convosco!
A igreja responde em um uníssono e fervoroso “Amém!”.
- Amados, hoje poderia ser uma noite comum como vêm todas as outras. Mas tenho algo grande da parte de Deus para compartilhar com os irmãos. Há três noites Ele vem me dando uma visão do que estar por vir. Abramos todos as nossas bíblias em Mateus 24.
Enquanto se ouvia aquele barulho peculiar das finas folhas dos livros negros sendo manipuladas pelas mãos dos fiéis, na cabeça do reverendo um turbilhão de idéias e sentimentos obscuros e desconhecidos para ele até essa semana tentavam dominá-lo. Mas ele teria q ser forte. Pelo menos até chegar a hora de seu plano, enfim, poder ser executado.
“E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane...”
O reverendo tira o lenço do bolso de trás da calça e limpa algumas gotas de suor que começam a querer denunciar a batalha que se passa dentro dele.
“Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome...”
A leitura continua. A igreja espera ansiosa pelo relato das tais visões. O conselho de anciãos acompanha a leitura daquele texto “batido” aguardando o que de novo o líder daquela igreja tem a lhes trazer da parte de Deus.
“Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes...”
...
“Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra...”
- Pois bem, queridos, eis que é chegada a hora. Enquanto dormia noite passada – e nas outras duas também – fui arrebatado em espírito e vi coisas as quais tive imediata autorização de compartilhar com a igreja, visto que já estamos nos dias do fim. Seremos parte e veremos esse fim. Mateus 24, amados, já começou. Muitos de nós – e quando digo nós, digo acerca de NÓS, igreja! – desaparecerão nos próximos dias. Deus tem pressa, amados, de vê-los, de tocá-los, de tê-los em Seus braços. Ele mesmo me disse isso!
A fala do pastor prosseguiu, mas os irmãos não sustentavam mais a expectativa inicial. O sentimento agora era de medo, insegurança. Todos almejam o céu, mas ninguém quer um passaporte carimbado e um bilhete com data marcada para lá. Afinal, ver o céu quer dizer deixar este mundo e muitos dos que ali estavam sentados ainda tinham assuntos pendentes que demandariam mais tempo.
O reverendo terminou com uma prece. Seu plano estava apenas começando. “Muitos de vós desaparecerão...”. Pensou nesse trecho e um sorriso quase imperceptível surgiu no canto de sua boca. Eis que é chegada a hora...
“... porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis...”
1 comment:
cabeças como a sua n se encontra por ai. De onde vc tirou essa história eu n sei...mas são relatos tão comuns na vida de qualquer pessoa "dominical". posso dizer q o texto me causou desconforto por fazer parte de um grupo de pessoas em q a maioria se liga bem mais na religiosidade que numa vida dignamente cristã. enfim...espero as outras "edições"..rs
"surreal e encantador"
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